Vídeo parece realistico, será assim mesmo?

Oi gente! Como sabem, eu pesquiso muitos vídeos que tratam de spanking na internet, a fim de garimpar alguns interessantes, seja porque exibem acontecimentos que podem motivar novos artigos, seja porque me chamam a atenção por alguma peculiaridade que considero perturbadora. Recentemente eu exibi um destes, e agora achei outro que me pareceu merecedor de um artigo por razões que explicarei adiante.

O vídeo, tirado de um seriado coreano, mostra uma adolescente curvada sobre uma poltrona e levando bastonadas no bumbum aplicadas pelo pai. As séries coreanas e chinesas são proficuas em cenas de spanking ritualístico, geralmente produções de época, mas eventualmente mostram cenas do tempo atual. Neste aqui, parece que a adolescente aprontou alguma coisa e espera um castigo. Começa com ela no banheiro, angustiada e com medo de sair.

O pai bate à porta, zangado. Ela abre, hesitante.

O pai lhe mostra uma foto zoada, ao que parece feita por ela para ridicularizar alguém.

Na cena segunte ela já está debruçada sobre a poltrona, apanhando. O pai bate com um bastão.

Ao lado, uma mulher (a mãe?) calmamente arruma uns papéis em uma mala, sem nem olhar para ela.

Do alto da escada, um garoto (o irmão?) contempla a cena com visível desconforto. Parece que ele vai fazer alguma coisa.

Por fim, ele toma coragem e dirige-se ao pai com um gesto.

Mas o pai manda ele vazar, e ele passa correndo.

Mas eu já publiquei vídeos parecidos para ilustrar vários artigos. Por que esse me chamou em especial a atenção? Bem, vou dizer, esse me pareceu incomodamente prosaico. A surra foi ritualística? Nem tanto. Não foi como aquelas das produções de época. Faltou o preâmbulo, o discurso moralista e o ato de despir as nádegas. É certo que a menina permaneceu totalmente imóvel, submissa em uma posição, mas até o detalhe da calça jeans que ela usava, ao invés do traseiro nu, foi um corta-barato. Ela parecia uma adolescente comum, igual a qualquer uma que conhecemos em nosso tempo. Podia até ter sido uma namorada. As coisas lá acontecem assim mesmo, naquela terra onde os adolescentes obedecem aos adultos até quando o navio está afundando?

Eu notei a atitude do pai, sério com cara de quem cumpre um dever, mas sem aquele ar moralista falseado (ele até xinga de tanto em tanto). Notei também a indiferença da mãe, assim como o medo na cara do irmão, que se incomoda, mas não ousa enfrentar o pai. Tudo isso me causou uma poderosa impressão de verossimilhança – a cena não parece ter sido planejada para agradar a fetichistas, mas dá ideia de retratar algo que pode acontecer nas casas coreanas. E na época atual.

A essa altura, com certeza, muitos já estarão achando-me hipócrita, e com razão. Eu não sou um fetichista, e sinto tesão por cenas assim? Eu até já não disse que quanto mais realístico, maior o tesão? Como é que agora eu tenho o topete de afirmar que estou com pena da menina?

Para começar, cabe aqui um maior esclarecimento sobre o tesão advindo do fetiche. Não é um tesão natural, mas antes, é uma química de sensações confusas e inquietantes, na qual o tesão é mais um produto da reação do que um componente. Prefiro definir o meu fetiche melhor como uma fixação do que como um tesão. As cenas de spanking me “balançam”, cada uma de um jeito diferente e imprevisível. E essa de algum modo atravessou a barreira do fetiche e atingiu minha empatia: eu me pergunto, por que tem que ser assim? Por que as adolescentes ali têm que ficar paradas de bumbum para o alto, aguentando a surra sem reagir? Por que a indiferença dos que estão à volta? Por que aquela menina não poderia ser, ao menos, igual às adolescentes que já conhecemos aqui, que também apanhavam, mas não tinham que submeter-se daquele jeito tão conformado?

Procurando verificar se as cenas de surra seguem esse padrão em outros países da Ásia, achei esse outro vídeo, de um seriado do Vietnam.

Não dá para entender o que dizem, mas a impressão é que uma jovem filha aprontou alguma, e toda a família está discutindo que castigo ela deve ter.

O pai, zangado, pega um bastão (note a cobertura que reveste o cabo, parecendo uma pele de carneiro) e fecha a porta, pois não quer que ninguém assista.

A filha, obediente, deita-se de bruços sobre um estrado. A mãe vai confortá-la, como que a dizer que ela deve conformar-se em apanhar.

O pai chega, mas fica só brandindo o bastão e desfiando bronca. A surra não começa.

A mãe começa a discutir comk o pai, mas não parece muito enfática. Não sei se ela está dizendo que ele não deve bater na filha, ou se o que a filha fez não merece surra.

Enquanto os pais resolvem o que deve ser feito, a menina permanece deitada de bruços, ar tristonho mas conformada.

Do lado de fora, outras pessoas (membros da família?) escutam atrás da porta e discutem. Não parecem muito alarmados, e não dá para saber com exatidão se eles apóiam ou não o que está acontecendo.

Por fim, o pai começa a bater. Dá umas três bastonadas, mas a esposa intervém e toma-lhe a vara.

O pai desiste de bater, e só então a menina se levanta. Ela vai para fora lavar as lágrimas do rosto, e a mãe quer ver se o bumbum dela está machucado. Não se incomoda de descer-lhe as vestes à vista de todos.

As outras pessoas aproximam-se e fazem agrados na menina, parecendo passar-lhe uma reprimenda gentil, como quem diz, você fez errado mas não merece apanhar.

Enfim, a cena toda teve mais bate-boca do que pancada. A impressão que tive foi que o patriarcado por lá não é tão forte quanto se pensa, pois apesar de ser o pai quem toma a iniciativa de castigar, a mãe pode interferir e até contê-lo, e outras pessoas da família também podem dar pitaco. A pessoa que vai apanhar, contudo, não deve nem pensar em reagir, e espera-se que fique parada de bruços esperando o que vier.

Este outro vídeo vietnamita mostra um roteiro análogo, porém bem mais drástico.

As duas irmãs pré-adolescentes fazem algo que deixa o pai furioso. Ele aponta para uma direção, que é provavelmente o lugar onde elas devem apanhar.

Tal como nos vídeos anteriores, as meninas deitam-se obedientes de bruços, e não se movem enquanto o pai lhes bate com um cinto, mesmo ele batendo com bastante força, até que a mãe aparece para contê-lo, após uma breve luta.

Depois o vídeo prossegue, dando a entender que a surra foi só um lance isolado da história.

Será que as coisas acontecem mesmo assim por aquelas bandas? As surras são uma prerrogativa dos pais, e os demais da família podem até interferir, mas quem vai apanhar deve obedecer incondicionalmente, pôr o bumbum para cima e ficar lá parado sem reclamar? Certamente há diferenças culturais entre os países da Ásia, mas este parece ser um traço comum. Seja como for, os castigos corporais são vistos com bastante naturalidade em toda a região, conforme ficou claro nesse vídeo publicado por uma coreana que viaja muito pela Índia, com o propósito de comparar os castigos escolares na Índia e na Coréia:

Não vou entrar no mérito de cada castigo exemplificado, pois já os abordei em matérias passadas. O que me chama a atenção é a naturalidade com que um tema assim compartilha de um canal onde são feitas comparações bem-humoradas entre costumes coreanos e indianos. Com certeza isso não choca nem um, nem o outro.

Mas para terminar bem, achei esse vídeo otimista e bem engraçado. Não vou dar spoiler, assistam e curtam:

Espero que seja verdade o que o vídeo mostra, e as coisas estejam mesmo mudando por lá, pois tenho muita simpatia pela Coréia, onde já estive algumas vezes a trabalho. As meninas lá são muito fofas, e os garotos muito educados, me dá um certo embrulho saber que eles podem apanhar na escola e em casa.

E vocês, o que acharam?

Agora uma pergunta só para o fetichistas: alguma vez vocês já se depararam com um vídeo de spanking que apesar de agradar ao fetiche, deu uma dor no coração?

16 ideias sobre “Vídeo parece realistico, será assim mesmo?

    1. adolespanko Autor do post

      Olá, Milena!

      Na verdade balançam em várias partes (inclusive onde você está pensando) pois como eu disse, não é um tesão natural, puro instinto e libido, mas um turbilhão de sensações por vezes contraditórias, produto de uma química que nem eu sei explicar.

      Bjs.

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      1. Filton

        Fala galera!

        Autor, ereção é puro instinto e libido. Principalmente no caso masculino, porque o nosso tesão é mais difícil de disfarçar ou de fingir do que o tesão da mulherada. No corpo masculino infantil ainda existe aquela ereção por reflexo, eu lembro de passar por isso quando era mulequinho, ficava de pipi levantado e nem tinha motivo, era só uma resposta neurológica que não tinha a ver com algum estímulo sexual. Acontecia até quando eu estava brincando de autorama com os amigos rsrs. Mas isso só acontece até a puberdade, depois a ereção já vira uma resposta a instintos sexuais primitivos. Ainda bem autor, imagina que constrangedor seria ter aquelas ereções por reflexo quando já somos machos criados, ter que vigiar o pênis em qualquer sensação de alegria ou de animação (mesmo que nem fosse por libido) pra não passar vexame por aí! Acho que as ereções por reflexo são um tipo de treinamento do corpo na infância, mas as ereções de um adulto já são sem dúvida a consequência de um desejo sexual maduro.

        Abs!

      2. Milena

        E existe tesão artificial? Claro que não. Se é tesão então é natural. Pq é coisa que o corpo faz, ninguém foi ali colocar.

      3. adolespanko Autor do post

        Olá, Filtou e Milena!

        O tesão que eu sentia, estranhamente não provocava ereção, só uma “sensação gostosa”. Mas ereção só vinha se eu me masturbasse depois.

        Não existe tesão artificial, mas existe tesão antinatural.

        Grande abraço!

      4. Milena

        Sinceramente eu nunca ouvi falar de tesão antinatural, mas acho que entendo o que o sr. está tentando explicar: o tesão é uma coisa natural pq é o corpo que faz, mas o que dá esse tesão é que pode ser totalmente antinatural. Tipo, não é natural mesmo sentir uma “sensação gostosa” vendo uma coisa tão ruim como uma surra, vendo o sofrimento dos outros e até chegar a gozar por causa disso. Se dava vontade de se masturbar depois, então era tesão ué. Devia ser tipo ter uma bala presa no cano da arma e precisar disparar. Se não desse o disparo não ia acontecer nada mas dar o tiro trazia um alívio.

  1. Filton

    Fala autor!

    No primeiro vídeo o pai bate com uma vassoura, não com um bastão.

    Comigo é assim, sempre tive limites muito claros pro meu fetiche, meu barato é fazer umas zoeiras com uma mulher (adulta) dominadora, pegando umas encenações e até umas roupas engraçadas, mas pra mim a parte mais importante é o envolvimento com ela e isso é o que verdadeiramente me faz sentir tesão. Praticar spanking pra mim é mais adrenalina do que tesão, tanto que eu nem tenho ereções com spanking. Acho que não existe isso de uma cena agradar ao fetiche e dar dor no coração ao mesmo tempo. Ou a pessoa sente barato, ou sente pena. Se o indivíduo fica excitado com a cena, então não vai sentir “dor no coração” por quem está lá participando da cena. E se fica perturbado ou com dó, não vai sentir tesão com aquilo, porque a sensação de pena e tristeza é muito pesada pra possibilitar qualquer tipo de prazer.

    Eu mesmo sempre achei spanking /f ou /F (cena onde quem apanha é uma garota ou uma mulher) repulsivo, porque pra mim não tem graça nenhuma ver um corpo feminino apanhando, e além de não ter graça nenhuma eu acho muito perturbador ver ou imaginar a humilhação de uma garota ou de uma mulher. Não consigo sentir tesão com isso, não dá. Nem me importa se é uma cena realista ou viajada, a simples ideia de uma mulher apanhar me dá angústia. E mesmo gostando da ideia de deixar uma mulher dominadora brincar comigo eu não gosto de spanking verídico em muleques por exemplo, aliás eu fico chateado com qualquer surra ou defesa de surra em adolescentes e em crianças. O que eu e uma dominatrix fazemos dentro do quarto é coisa nossa, não tem nada a ver com ficar excitado com spanking fora dali.

    Flw, abraços!

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    1. adolespanko Autor do post

      Salve!

      Não tinha reparado bem, é uma vassoura pequena. Uma matéria antiga que publiquei mostra surras de vassoura em uma escola da China, talvez por lá seja mais tradicional bater com vassouras. Aqui até existe, mas em geral são surras mais espalhafatosas, tipo uma mãe que pega a primeira coisa que vê pela frente, porque geralmente só se encontram aqui vassouras de cabo longo, mais difíceis de manusear. E é claro, ninguém fica parado para apanhar.

      Estou lendo agora, o seu tesão pelo spanking também é isento de ereção. Isso fortalece a minha convicção de que o tesão derivado do fetiche (ou chame-se lá o quê) é de um tipo diferente.

      É claro que não faz sentido excitar-se ao ver alguém apanhando, e ao mesmo tempo ter uma dor no coração. Mas isso já aconteceu comigo algumas vezes, e me deixou bem “baratinado”. Como eu já disse, é um turbilhão de sensações, por vezes contraditórias. Nem todas as cenas de spanking me excitam, eu abomina as M/F e não gosto das M/f. Eu tenho um respeito muito grande pela figura da mulher adulta, não concebo vê-la apanhando, mas acho que só ela tem a prerrogativa de bater em uma mulher jovem.

      Grande abraço!

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      1. Filton

        Fala autor!

        Eu também tenho um respeito muito grande pela figura da mulher adulta, mas esse mesmo respeito eu sinto pela figura da garota adolescente e da mulher jovem, por isso acho angustiante imaginar essas adolescentes apanhando. Nem mulher adulta tem prerrogativa de bater nas garotas, muito menos muleque da mesma idade. Essas cenas são muito perturbadoras pra mim e eu as considero um grande desrespeito com o corpo e com a moral das meninas. Se vc se excita com essas cenas, então o que sentiu não foi dor no coração pelas meninas que estavam apanhando. Talvez tenha sido só uma porrada na sua autocensura, mas não uma verdadeira compaixão pelas garotas. A compaixão impediria vc de sentir satisfação quando fica sabendo que isso acontece no mundo real, ao contrário vc ia se sentir mal.

        Flw, abs!

  2. Thalita Britto

    Oi, blogueiros!

    Arnaldo, acho que vale a pena contextualizar: as proibições dos castigos corporais nos países asiáticos são muito recentes, então é possível que essas séries tenham sido gravadas antes das novas leis entrarem em vigor, ou que o roteiro seja ambientado em um tempo já meio passado. Vou compartilhar o que pesquisei a respeito de cada um desses países de seu interesse.

    Na China: o governo assinou um termo de compromisso para banir totalmente os castigos corporais. Onde já estão proibidos: nas escolas, e como penalidades jurídicas. Onde ainda falta proibir: nos lares;

    Na Coreia do Sul: castigos corporais estão totalmente proibidos desde 2021, de todas as formas e em todos os ambientes;

    Na Coreia do Norte: estão proibidos apenas como penalidades jurídicas. Ainda são permitidos em lares e escolas;

    No Japão: foram totalmente proibidos em 2020, em todo e qualquer ambiente;

    Na Índia: estão proibidos como penalidades jurídicas, mas ainda falta proibir em lares e escolas.

    A América do Sul é exemplar nessa parte. Os únicos países que ainda permitem castigos corporais são a Guiana (lá as surras são liberadas em quase todos os setores, exceto como penalidades jurídicas), o Suriname (onde os castigos corporais são totalmente permitidos, inclusive como penalidade jurídica), o Equador (lá também se permite castigos corporais como sentença por crimes, mas não em escolas), e o Chile (onde surras ainda são permitidas apenas nos lares), sendo que os dois últimos já assinaram termos de compromisso pela proibição total.

    Portanto, não, essas cenas não devem mais acontecer com toda essa frequência, e se acontecem, pelo menos em alguns desses países já são práticas ilegais. Pode ficar tranquilo e descansar a sua cabeça no travesseiro, hehe!

    Bjs!

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    1. adolespanko Autor do post

      Olá, Thalita!

      Meu choque maior foi ver essas cenas exibidas com tanta naturalidade, o que faz crer que também são encaradas com naturalidade. Mas como você denotou, a probição dos castigos corporais por lá é recente, então pode ser que muita gente ainda os veja com complacência, como a menina que fez o vídeo “bonitinho” comparando os castigos escolares na ìndia e na Coréia. Mas o último vídeo, mostrando a evolução através do tempo, deixa claro que muita gente lá se sente vingada com a proibição dos castigos corporais rsrs.

      A América do Sul, de fato, é exempar nessa parte. Mas houve um retrocesso nos países de regime bolivariano, que inventaram a tal de “justiça indígena”, com castigos corporais judiciais ordenados por conselhos em localidades habitadas por povos originários. Já publiquei vários vídeos mostrando.

      Mas no Brasil, acho que nunca houve grande ênfase em castigos corporais escolares, talvez por razões culturais relativas à moral católica. Eu nunca encontrei um caso aqui de aluno surrado nas nádegas, apenas na palma das mãos. E é notável que esses castigos tenham sido extintos por puro desuso, sem a necessidade de uma lei proibindo-os.

      Bjs.

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  3. Kiara

    Boa tarde, autor!

    Fixação não é mesmo totalmente a mesma coisa que tesão. Porque a fixação é uma resposta emocional, e o tesão é uma resposta sexual. Se existe alguma gratificação sexual com o spanking, aí é tesão mesmo. Acho que não tem muito o que discutir. Vou falar do meu caso pessoal e de um jeito literal e sem papas na língua: eu nunca me masturbei e nem senti vontade de me masturbar pensando em spanking, ou vendo e lendo sobre essas cenas de spanking, e nem me imaginando na situação. Só quis provar palmadas com o meu namorado porque tinha uma curiosidade que era resultado de uma carência e de coisas muito mal-resolvidas na minha parte emocional, por causa da minha história e do meu abandono. Mas no sexo eu sempre fui vanila e sempre senti prazer assim. Se alguém fica de pênis ereto ou de vagina umedecida por causa de spanking, o caso é de sentir tesão. Não tem como explicar de outro jeito. Já não é tão superficial assim, a pessoa já deve ter alguma causa diferenciada se não sente prazer no sexo convencional, ou até sente mas precisa do spanking pra chegar a algum orgasmo. Já tem alguma coisa mais profunda do que uma questão emocional complexa. Por exemplo, muita gente vai atrás de encontros de spanking sem sexo, e eu acho que essas são as pessoas com complexidades emocionais. Carências por exemplo, traumas, ou só uma curiosidade boba mesmo. Mas se tem pênis duro ou vagina pulsante no meio aí já não dá pra dizer que não é questão de tesão e libido, aí a pessoa já está mostrando que tem dificuldade com os estímulos “normais” e precisa desse fetiche como um tipo de prótese. Acho que jé são casos pra sexologista e não só pra psicólogos. É como por exemplo a pedofilia: um pedófilo simplesmente não consegue sentir tesão por quem não seja criança, isso é uma programação do sistema dele. A pessoa na teoria não tem culpa pelo tesão que sente, mas esse tesão pode fazer muito mal aos outros e a ela mesma se não for vigiado e refreado. Por isso precisa ter tratamento, mesmo se não tiver cura. Tem gente que faz absurdos por causa de spanking, até quando o caso é só emocional e nem chega a ser tesão. Se tem tesão então, vira um vício e até uma obsessão doentia. Porque todo mundo precisa sentir prazer sexual, isso também faz parte da natureza humana. Quem não sente esse prazer com os estímulos naturais vai ficar correndo atrás dos estímulos bizarros, tipo naquela busca desesperada por satisfação. O problema é esse mesmo.

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    1. adolespanko Autor do post

      Olá, Kiara!

      Também tenho essa impressão, na fixação por spanking nem sempre o tesão está presente. Eu o vejo mais como o produto de uma química obscura, originada de uma confusão de sentimentos.

      Bjs.

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      1. Kiara

        Bom dia, autor!

        Mas não dá pra ignorar que existem diversos casos de adultos obtendo gratificação sexual as custas de crianças e adolescentes castigados com spanking. Pense nos religiosos que recomendam a vara porque é excitante pra eles imaginar a cena (e isso é só um exemplo). E aí é tesão mesmo, misturado com fixação. Deve ser até algum tipo de distúrbio. Vc já escreveu um artigo sobre aqueles predadores de spanking lá dos EUA, que achei bem interessante e muito bem explicado. Foi esse o ponto, tem gente que não tem satisfação com os estímulos “normais” e entra nessa busca por estímulos bizarros, que podem incluir spanking em crianças e adolescentes. É óbvio que o que essas pessoas sentem não é só tesão, porque até o tesão que a gente chama de “normal” sempre tem vários sentimentos envolvidos. Só animais irracionais são capazes de experimentar um tesão instintivo, primitivo, e mais nada acompanhado. O ser humano não é assim, nós somos racionais e emocionais e não apenas carnais. Por isso que quem só consegue obter gratificação sexual com um fetiche (ou sente mais tesão com isso do que com o sexo vanila) tem muitos sentimentos misturados, tipo carências, desejo de cominação ou de ser dominado, desejo de ser quem não é, busca por alguma coisa que acha que faltou na vida, etc. O tesão é o que guia a pessoa mas claro que o spanking preenche outras coisas também. De novo falando nos religiosos, eles sentem tesão imaginando as surras que instruem e isso é o principal, mas eles também devem gostar de se sentirem líderes poderosos, respeitados e de ver tanta gente acreditando no que eles ensinam.

        E tem os casos de tesão sexual substituído por um outro tipo de prazer também. Uma pessoa que pratica spanking sem sexo pode não ter um tesão sexual, mas tem o tesão da brincadeira, do role play que coloca ela em um mundo de fantasia que serve como um tipo de terapia, dá a sensação de diminuir um pouco a dor de alguma frustração. Tem muita gente que gosta de levar palmadas sem sexo porque tem aquele complexo de infantilismo, tipo, a pessoa não quer crescer. Mas crescer é inevitável e todo mundo fica adulto querendo ou não querendo. Aí o role play do spanking leva a pessoa de volta a uma sensação de ser criança. Se tiver sexo, estraga, porque acaba com a fantasia da volta a uma infância. Eu acho que isso acontece com muitos desses líderes de religião. Eles são forçados a viver uma vida sem sexo ou com um sexo cheio de restrições e isso deixa eles frustrados. Por isso eles sentem tesão máximo com outros estímulos. Adultos com medo de amadurecer também podem entrar nessa síndrome, eles sentem medo de fazer sexo como adultos fazem, aquele da sedução, concessão e penetração, então eles ficam no tesão por um fetiche fantasioso porque só assim se sentem seguros, sem deixar de se satisfazer o desejo sexual que já é de adulto.

      2. adolespanko Autor do post

        Olá, Kiara!

        Uma ótima explicação quanto ao tesão por vias “alternativas” experimentado por líderes religiosos forçados a uma vida celibatária, sem sexo normal. Não tinha pensado nisso ainda, mas faz todo o sentido. Também boa explicação para o caso do spanking sem sexo: a pessoa quer voltar à infância, e o sexo, nesse caso, é até corta-barato.

        Bjs.

      3. Kiara

        Boa tarde, autor!

        Obrigada! Já li bastante coisa sobre isso. Tem um ponto que é importante: o infantilismo é uma parafilia que faz a pessoa trocar o sexo “normal” por um fetiche com algum role play onde ela pode fingir que é criança pequena ou um bebê. Se o casal transa “normalmente” antes ou depois do spanking ou alternando sexo com brincadeira de fetiche, aí já não é infantilismo. Infantilistas podem gostar de outras coisas típicas da infância como fraldas, mamadeiras, chupetas, etc. Então o infantilismo faz a pessoa gostar mais de palmadas do que de sexo ou até gostar somente de palmadas e nem curtir sexo. Spanking sem sexo só é sinal de infantilismo se a pessoa não faz sexo além do spanking. Se faz, o fetiche pode ser considerado só uma brincadeira avulsa ou um esquenta.

        As pessoas que sentem gratificação sexual com spanking em crianças e adolescentes também sentem dificuldade pra crescer. Não é bem um infantilismo mas é tipo uma síndrome de peter pan. Os religiosos que não aceitam o celibato e ficam se excitando com spanking são meio infantis se for ver bem, por causa da mania de grandeza quando estão lá sendo os líderes e porque na intimidade eles são pessoas incapazes de lidar com uma privação, igual ao sentimento de uma criança pequena mesmo. Se o brinquedo é negado ela fica furiosa e descontrolada. Repara que na maioria das vezes esses caras são meio child haters e comparam crianças com diabos. Ou são misóginos e só fazem discurso colocando a mulher pra baixo. Isso é frustração sexual e pessoal. Se eles não podem transar, óbvio que ficam com raiva das crianças ou das mulheres que eles cobiçam. É a reação da criança irritada porque não pode ter o brinquedo que quer. E eles ficam com mais raiva ainda por causa de toda a moral dentro deles, eles não querem se sentir sujos e não aceitam a própria sensação de tesão. Por isso começam a desenvolver um transtorno de sadismo sexual contra quem eles desejam. Esse é o motivo pra eles sentirem tanto prazer com spanking em crianças ou em mulheres. Eles não conseguem ter prazer no sexo normal porque sentem medo disso, e também porque o tesão deles é dependente do sofrimento do outro. Pra eles precisa ter a hierarquia, não pode ser uma coisa entre iguais, então o consentimento do outro corta o barato deles, mas eles também precisam de alguma aprovação (aí falam que está na bíblia, que a sociedade aceita, que não faz mal nenhum etc). É complicado demais.

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